No Amado acho as montanhas, os vales solitários, nemorosos, as ilhas mais estranhas, os rios rumorosos, e o sussuro dos ares amorosos;
A noite sossegada, quase aos levantes do raiar da aurora; a musica calada, a solidão sonora, a ceia que recreia e que enamora.
Caçai-nos as raposas, que está já toda em flor a nossa vinha; enquanto destas rosas faremos uma pinha; e ninguem apareça na colina!
Detém-te, Aquilão morto! vem, Austro, que despertas os amores: Aspira por meu horto, e corram seus olores, e o amado pascerá por entre as flores.
Ó ninfas da Judéia, enquanto pelas flores e rosais vai recendendo o âmbar, ficai nos arrabaldes e nao ouseis tocar nossos umbrais.
Esconde-te, querido! voltando tua face, olha as monrtanhas; E não queira dizê-lo, mas olha as companheiras da que vai pelas ilhas mais estranhas. São João da Cruz
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